Em monitoramento de manguezais no estuário de Santos, biólogos identificam uma espécie arbórea até então...
Leia maisEspécie Exótica Identificada em Manguezais da Baixada Santista Preocupa Especialistas
- relc
Durante uma operação de monitoramento dos manguezais no estuário de Santos, parte de um esforço para restaurar a cobertura vegetal local, biólogos avistaram flores totalmente desconhecidas para as árvores da região. Geraldo Eysink e Edmar Hatamura, os biólogos envolvidos, buscaram a colaboração da professora sênior do Instituto Oceanográfico (IO) da USP Yara Schaeffer-Novelli para identificar a origem de uma possível espécie exótica, introduzida de forma involuntária e conhecida por seus impactos negativos em ecossistemas nativos.
A descoberta, que levanta preocupações sobre a conservação dos manguezais, áreas vitais de preservação, culminou na redação de uma Nota Técnica [clique aqui] publicada pelo periódico Biota Neotropica.
“Estávamos fazendo um trabalho junto com a HC2-Gestão Ambiental, empresa focada em solucionar problemas ambientais que atualmente trabalha na recuperação de uma área de manguezal em Cubatão, quando descobrimos uma planta originária da Índia e de Bangladesh”, conta Hatamura.
A planta, inicialmente atraente por suas flores distintas, confirmou-se uma espécie exótica invasora do gênero Sonneratia, usada na China para recuperação de manguezais devido ao seu rápido crescimento e capacidade de retenção de solo, ou seja, a capacidade de um solo de reter água ou umidade. De acordo com os especialistas, é o primeiro registro da Sonneratia apetala na América do Sul.
“A hipótese mais provável é que ela chegou aqui em Cubatão principalmente devido ao grande tráfego de advindos da China”, conta Hatamura ao esclarecer que o transporte pode ter acontecido por meio da água utilizada pelos navios para estabilização. “A água de lastro dos navios, que é utilizada para equilibrar o navio, pode ter trazido a planta invasora”, reforça ele.
A água de lastro é usada para estabilizar os navios durante a navegação, muitas vezes sendo bombeada para dentro do navio em um local de origem e depois liberada em outro local, o que pode incluir portos intensamente trafegados. Ela pode transportar organismos marinhos e outras substâncias que podem afetar os ecossistemas locais quando liberados em novas áreas.
Para saber mais, inclusive sobre a necessidade de preservar esse bioma, acesse: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-especie-exotica-identificada-em-manguezais-da-baixada-santista-preocupa-especialistas/
Imagem de Maxwell Ridgeway por Unsplash
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