Cientistas Abrem “Túnel do Tempo” para Estudar o Passado Remoto da Amazônia

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Uma equipe internacional de pesquisadores iniciou, em 16 de junho de 2023, a perfuração de um poço de dois quilômetros de profundidade no Acre, que, se tudo der certo, deverá funcionar como um “túnel do tempo” para enxergar como era a vida na Amazônia até 65 milhões de anos atrás, logo após a extinção dos dinossauros.

A iniciativa envolve cerca de 60 pesquisadores, de 12 países, metade deles vinculada a instituições brasileiras. Treze são da USP. Trata-se do “mais amplo programa de pesquisa já organizado para estudar a origem e a evolução da Amazônia”, segundo os cientistas. O objetivo é entender como a floresta se formou, como ela se modificou ao longo do tempo e o que pode acontecer com ela daqui para frente, caso as condições ambientais e climáticas às quais ela foi exposta no passado venham a se repetir no futuro — algo muito provável de acontecer já nas próximas décadas, segundo as previsões climáticas do presente.

Para contar essa história pré-histórica os cientistas vão coletar milhares de “testemunhos” do subsolo da floresta, extraídos de duas localidades, nas bordas leste e oeste da Amazônia brasileira. Começando por esse poço de 2 mil metros no município de Rodrigues Alves, às margens do Rio Juruá, no norte do Acre; seguido de um poço de 1.200 metros de profundidade numa ilha fluvial do município de Bagre, no Pará, ao sul da Ilha do Marajó. A previsão é que cada poço leve cerca de três meses para ser perfurado, com equipes trabalhando 24 horas por dia, sete dias por semana.

Para saber mais, inclusive sobre detalhes da perfuração científica, acesse: https://jornal.usp.br/ciencias/cientistas-abrem-tunel-do-tempo-para-estudar-o-passado-remoto-da-amazonia/

Imagem de Siggy Nowak por Pixabay

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